Doença atinge 50 a 70% das pessoas com demência.
O Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer é celebrado anualmente a 21 de setembro.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos, de acordo com a responsável pela consulta de demência do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
“O número de portugueses, cerca de 160 mil, com demência é uma estimativa adaptada às características da nossa população, com base em estudos efetuados para os países da Europa do sul”, explicou a médica Isabel Santana.
No âmbito desta efeméride, o Museu Machado de Castro, em Coimbra, em colaboração com a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer inauguram, dia 21 de setembro, pelas 18 horas, a exposição científica intitulada “Desenhar o tempo”.
A mostra, que estará patente até 31 de outubro, retrata a forma como se desenha o tempo na demência.
O teste do desenho do relógio é um instrumento neuropsicológico breve e ecológico que reflete a evolução da doença, mas que também tem sensibilidade para revelar os benefícios e reconquistas das novas estratégias de intervenção.
De acordo com o comunicado, divulgado pela organização da exposição, a “representação do tempo através de um relógio envolve a ativação de várias regiões cerebrais e a colaboração de múltiplas funções cognitivas (visuais, abstração, conhecimento dos números, capacidades de organização e de execução…), que se vão perdendo progressivamente nas demências”.
Os promotores da exposição consideram que o envelhecimento ativo, baseado em programas que associam atividade física e estimulação cognitiva, é uma estratégia preventiva “com eficácia comprovada, que deve ser implementada na comunidade”.
Segundo a neurologista Isabel Santana, a idade é o principal fator de risco da doença de Alzheimer, cuja prevalência em Portugal é semelhante à dos restantes países europeus.